Contextualização do Autor:
Alguns dados biográficos:
Este livro é um documentário, por isso a história é contada pela pessoa que a viveu, por isso não existe nenhum dado sobre a rapariga que viveu este pesadelo.
Outras Obras da Autora:
Não existem. Este livro é um documentário sobre a vida de Souad.
Conteúdo do Livro:
Citações favoritas:
“A minha memória desfez-se em fumo no dia em que o fogo se abateu sobre mim” – neste excerto Souad diz de uma forma mais suave o que acontece as raparigas que se apaixonam, e isto chocou-me muito…pensar que ela foi queimada viva só por se ter apaixonado e ter ficado grávida antes do casamento.
“Aliás as vacas, as ovelhas, as cabras eram muito mais bem tratadas do que nós. Nunca batiam às vacas ou às ovelhas” – neste excerto ela afirma que para o seu pai as vacas ou as ovelhas eram mais importante que as mulheres, gostei deste excerto pois fico irritada só de imaginar que existe raparigas que são tratadas como lixo…que não tem qualquer “uso” perante a sociedade, choca-me imaginar como estas raparigas são tratadas e o que elas passam e sofrem.
Resumo da Obra "Queimada viva":
Souad tinha dezasseis anos e na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Souad era maltratada pela família desde pequena. A certa altura, quando foi estender a roupa, vê um rapaz e fica encantada com ele. Apaixona-se. Eles encontram-se várias vezes e Souad pensa no dia do seu casamento com este rapaz. Mas quando descobre que está grávida tudo piora, ele deixa-a e é rejeitada pela família, não podendo casar antes que as suas irmãs mais velhas tenham marido. Assim vive no receio constante de ser assassinada, já que o seu “crime” põe em causa a honra de toda a família. Quando o pai descobre pede a um cunhado de Souad que se encarregue de tratar do “assunto” e o cunhado rega-la com gasolina e pega-lhe fogo. Com queimaduras em cerca de 90% do seu corpo, Souad sobrevive. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassina-la, envenenando-a. É neste hospital que nasce o seu filho, mas as enfermeiras levam-no. Deixada a morrer no hospital é ajudada por uma voluntária europeia (pertence a uma fundação A SURGIR, que ajuda as mulheres que são maltratadas pelas sociedade como o caso de Souad) que, em primeiro lugar tenta encontrar o filho de Souad (conseguindo) e depois leva-a para a Suíça com o filho. Souad vai para a Suiça, onde aprende a viver com as suas cicatrizes permanentes e mutilações, mas também com os fantasmas do passado, que a atormentam diariamente. Na Suiça Souad constrói uma nova vida com muito esforço, mas como não consegue dar a vida que o filho merece é obrigada a dá-lo à sua família de acolhimento. Em 20 anos visita o seu filho 3 vezes, mas deixa de o visitar pois cada vez que o visitava saía de lá sempre triste. Souad casa-se, tem duas filhas e é muito feliz, mas falta-lhe algum, o seu filho… Souad continua com complexos do seu corpo pois as queimaduras fazem-na lembrar o seu horroroso passado. Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao Mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que atentado à honra da sua família é um crime que ainda não prescreveu. A certa altura, o seu filho telefona-lhe e combinam um encontro para falarem, a partir daí eles começam e encontrar-se e a formarem uma família.
Comentário à obra "Queimada viva":
Escolhi este livro pois as histórias verídicas chocam-me, mas acho que a divulgação delas são muito importante.É estranho pensar que no século XXI ainda existe mulheres que não podem ser felizes e que são maltratadas desde o dia em que nascem. Adoro livros verídicos pois é uma maneira de reflectimos sobre a sociedade mundial a que pertencemos.
Adorei este livro pois mostra-nos uma história muito emocionante. Na minha opinião Souad é uma mulher muito corajosa e é um exemplo que mostra que mesmo que a nossa vida seja miserável, não podemos desistir pois todos nós devemos e temos o direito a ser feliz. Em relação à história, eu acho que é relevante que todos nós tenhamos conhecimento acerca do tipo de vida que muitas mulheres muçulmanas têm, é importante que a sociedade do século XXI saiba que ainda existe pessoas que são tratadas como lixo, como um ser que não é importante e que não tem qualquer tipo de “utilidade” para a sociedade. É ainda mais importante sabermos que existem pessoas que ao verem estas mulheres a serem espancadas, viram a cara e não fazem nada.
Aconselho este livro pois acredito que todos irão apaixonar-se e indignar-se com a história de Souad.
Queimada Viva é um testemunho arrepiante. E um aviso. Para acabar com o silêncio também criminoso que encobre a morte dessas mulheres, vítimas das leis dos homens.
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