sábado, 6 de junho de 2009

"Mutilada" – Khady

Contextualização do Autor:

Alguns dados biográficos:
Khady nasceu no Senegal em 1959. Foi excisada aos 7 anos, e aos 13 casou com um primo, que vivia em França, por imposição da família. Actualmente vive na Bélgica e é mãe de três crianças. É presidente de Rede de Luta Contra a Mutilação Genital.

Outras Obras da Autora:

Não existem. Este livro é um documentário sobre a vida de Khady.

Conteúdo do Livro:

Citações favoritas:

“Os homens sempre a defenderam, por diversas e más razoes” – neste excerto Khady refere-se aos homens que sempre estiveram de acordo com a excisão, gostei deste excerto pois arreliada por saber que os homens apoiam este acto, mesmo sabendo de todo o sofrimento que uma criança passa.


“Os berros que eu dei naquela altura ainda hoje me ecoam nos ouvidos. Chorei e gritei, desesperadamente.” – neste excerto demonstra todo o sofrimento em que foi excisada, gostei particularmente deste excerto porque evidencia a dor de Khady, perante aquela tamanha injustiça.

Resumo da Obra "Mutilada":
Segundo as vozes da tradição, a excisão aumenta a fecundidade das mulheres, garante a pureza e virgindade de uma jovem bem como a fidelidade de uma esposa… Na realidade, esta mutilação cruel põe em perigo a vida das jovens raparigas que a ela são submetidas, priva-as do prazer e destrói para sempre as suas vidas enquanto mulheres.
O testemunho de Khady é o de uma criança que, aos sete anos, viveu este pesadelo e que, uma vez mulher, tomou consciência da rusticidade desta pratica. É o percurso de uma sobrevivente que denuncia, com uma coragem extraordinária, aquilo que teve de suportar, uma militante que luta sem descanso para salvar as crianças do horror que ela própria foi obrigada a viver.


Comentário da obra "Mutilada":

Ao contrário das últimas obras que comentei neste meu cantinho, esta obra merece todo o destaque e todo o meu respeito, tendo em conta a sua temática.
Gostei imenso do livro, com ele pode perceber que existem diversas culturas e tradições em certos países do mundo, em que as pessoas são obrigadas a cumprir.
De um modo geral chocou-me, como é que possível permitirem fazerem isto, principalmente a crianças que nem sabem o que lhes vão fazer, apesar de ter adorado ler esta obra magnífica revolta-me a forma cruel como as mulheres são tratadas em África.
Sinto uma grande admiração por Khady, mostrou ser uma mulher com garra, que nunca desistiu de lutar para ter uma vida digna, e ainda hoje contribui para que no futuro a meninas de África não passem pelo que ele passou.
Mutilada é uma prova da grande coragem de Khady em falar, de forma nua e crua, da sua vida, das tradições da sua sociedade.


Sem comentários:

Enviar um comentário